terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

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Análise da poesia:As sem-razões do amor

Análise do poema
As sem-razões do amor
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabê-lo.

Aqui ele quis dizer que o amor não tem uma razão de acontecer,que não é preciso entendê-lo para amar, não é preciso ser correto para sentir.

Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no elipse.

Aqui o eu lírico nos fala que para se amar não é preciso querer nada em troca,que ele vem do nada e que surge como uma brisa suave,que vai nos envolvendo até que estejamos totalmente rendidos.

Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.

O eu lírico não conceitua o amor nesta estrofe , ele simplesmente diz que o amor não há porquês, não há razões, regras a serem seguidas,basta que ele complete a pessoa que ama e que é amada.

Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Aqui o poeta compara o amor com a morte,pois o amor contribui para nosso crescimento ou para nossa poda. O amor possui caminhos difíceis e agrestes, mas nada nos dá mais força e nos tira a mesma se não o amor,pois ele nada mais quer que atinjamos toda a sua plenitude e isso implica sentir, viver,morrer e amar por amor.




A poesia, ou gênero lírico, ou lírica é uma das sete artes tradicionais, pela qual a linguagem humana é utilizada com fins estéticos. “Poesia, segundo o modo de falar comum, quer dizer duas coisas. A arte, que a ensina, e a obra feita com a arte; a arte é a poesia, a obra poema, o poeta o artífice.”[1] O sentido da mensagem poética também pode ser importante (principalmente se o poema for em louvor de algo ou alguém, ou o contrário: também existe poesia satírica), ainda que seja a forma estética a definir um texto como poético. A poesia compreende aspectos metafísicos (no sentido de sua imaterialidade) e da possibilidade de esses elementos transcenderem ao mundo fático. Esse é o terreno que compete verdadeiramente ao poeta.[2]
Num contexto mais alargado, a poesia aparece também identificada com a própria arte, o que tem razão de ser já que qualquer arte é, também, uma forma de linguagem (ainda que, não necessariamente, verbal).
A poesia, no seu sentido mais restrito, parte da linguagem verbal e, através de uma atitude criativa, transfigura-a da sua forma mais corrente e usual (a prosa), ao usar determinados recursos formais. Em termos gerais, a poesia é predominantemente oral - mesmo quando aparece escrita, a oralidade aparece sempre como referência quase obrigatória, aproximando muitas vezes esta arte da música.
Gêneros poéticos
Os gêneros de poesia permitem uma classificação dos poemas conforme suas características. Por exemplo, o poema épico é, geralmente, narrativo, de longa extensão, grandiloqüente, aborda temas como a guerra ou outras situações extremas. Dentro do genéro épico, destaca-se a epopéia. Já o poema lírico pode ser muito curto, podendo querer apenas retratar um momento, um flash da vida, um instante emocional. Poesia é a expressão de um sentimento, como por exemplo o amor. Vários poemas falam de amor. O poema, é o seu sentimento expressado em belas palavras, palavras que tocam a alma. Poesia é diferente de poema. o Poema é a forma que se está escrito e a poesia é o que dá a emoção ao texto.
Definição sucinta de poesia: é a arte de exprimir sentimentos por meio da palavra ritmada. Essa definição torna-se insuficiente quando se volta o olhar para a poesia social, a política ou a metapoesia. Com o advento da poesia concreta, o próprio ritmo da palavra foi anulado como definição de poesia, valorizando mais o sentido. O poema passa a ter função de exprimir sucintamente e entre linhas o pensamento do eu-lírico. A narrativa também pode fazer isso, mas a maioria dos poemas, com exceção dos épicos, não se baseia num enredo. A mensagem do autor é muito mais importante do que a compreensão de algum fato.
Licença poética
A poesia pode fazer uso da chamada licença poética, que é a permissão para extrapolar o uso da norma culta da língua, tomando a liberdade necessária para recorrer a recursos como o uso de palavras de baixo-calão, desvios da norma ortográfica que se aproximam mais da linguagem falada ou a utilização de figuras de estilo como a hipérbole ou outras que assumem o carácter "fingidor" da poesia, de acordo com a conhecida fórmula de Fernando Pessoa ("O poeta é um fingidor").
A matéria-prima do poeta é a palavra e, assim como o escultor extrai a forma de um bloco, o escritor tem toda a liberdade para manipular as palavras, mesmo que isso implique romper com as normas tradicionais da gramática. Limitar a poética às tradições de uma língua é não reconhecer, também, a volatilidade das falas.

As sem-razões do amor


As sem-razões do amor

Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.


Carlos Drummond de Andrade
“Quem lê constrói sua própria ciência” (João Álvaro Ruiz)

A leitura tem importância fundamental na vida das pessoas. A necessidade de muita leitura está posto entre todos, haja vista, que propicia a obtenção de informações em relação a qualquer contexto e área do conhecimento, assim como, pode constituir-se em fonte de entretenimento. Para uns, atividade prazerosa, para outros, um desafio a conquistar. Urge compreender que a técnica da leitura garante um estudo eficiente, quando aplicada qualitativamente.
O que é ler? Qual a importância da leitura? Quais procedimentos práticos para uma leitura eficiente? Questões óbvias, que pela sua evidência pouco são problematizadas.

Etimologicamente, ler deriva do latim “lego/legere”, que significa recolher, apanhar, escolher, captar com os olhos. Nesta reflexão, enfatizamos a leitura da palavra escrita. No entanto, entendemos, com Luckesi (2003, p. 119) que “[...] a leitura, para atender o seu pleno sentido e significado, deve, intencionalmente, referir-se à realidade. Caso contrário, ela será um processo mecânico de decodificação de símbolos”. Logo, todo o ser humano é capaz de ler e lê efetivamente. Destarte, tanto lê o conhecedor dos signos lingüísticos/gramaticais, quanto o camponês, “não letrado”, que, observando a natureza, prevê o sol ou a chuva.

É mister, primeiramente, frisar que a leitura é mutíssimo importante, pois “[...] amplia e integra conhecimentos [...], abrindo cada vez mais os horizontes do saber, enriquecendo o vocabulário e a facilidade de comunicação, disciplinando a mente e alargando a consciência [...]” (RUIZ, 2002, p. 35).
Investigações atestam que o sucesso nas carreiras e atividades na atualidade, relacionam-se, estreitamente, com a hábito da leitura proveitosa, pois além de aprofundar estudos, possibilita a aquisição dos conhecimentos produzidos e sistematizados historicamente pela humanidade.

O objetivo maior ao proceder à leitura de uma determinada obra consiste em “[...] aprender, entender e reter o que está lendo.” (MAGRO, 1979, p. 09). Por conseguinte, inquestionavelmente, a leitura é uma prática que requer aprendizagem para tal e, sem sombra de dúvida, uma atividade ainda pouco desenvolvida. Neste particular, Salomon (2004, p. 54) enfatiza que “a leitura não é simplesmente o ato de ler. É uma questão de hábito ou aprendizagem [...]”. Além do incentivo e à promoção de espaços permanentes de leitura é preciso criar o prazer para este ofício.

O deleite advindo da leitura não se conquista num passe de mágica, espontaneamente. Requer opção, atitudes coerentes e pertinentes ao objetivo proposto. Dmitruk (2001, p. 41) afirma, convictamente, que “[...] não importa tanto o quanto se lê, mas como se lê. A leitura requer atenção, intenção, reflexão, espírito crítico, análise e síntese; o que possibilita desenvolver a capacidade de pensar.”

Indubitavelmente, é preciso saber ler, ler muito e ler bem. Considerando apropriações de estudos realizados com o intuito em aperfeiçoar o hábito de leitura, elencamos alguns aspectos e/ou habilidades que julgamos pertinentes, nesta perspectiva:

1º - Ler com objetivo determinado, isto é ter uma finalidade. Saber por que se está lendo;
2° - Ler unidades de pensamento e não palavras por palavras. Relacionar idéias; 3º - Ajustar a velocidade (ritmo) da leitura ao assunto, tema e/ou texto que está lendo:
4º - Avaliar o que se está lendo, perguntando pelo sentido, identificando a idéia central e seus fundamentos;
5º - Aprimorar o vocabulário esclarecendo termos e palavras “novas”.
O dicionário é um recurso significativo. No entanto, palavras-chave, analisadas no contexto do próprio assunto em que são usadas, facilita a compreensão;
6º - Adotar habilidades para conhecer o livro, isto é, indagar pelo que trata determinada obra;
7º - Saber quando é conveniente ou não interromper uma leitura, bem como quando retomá-la;
8º - Discutir com colegas o que lê, centrando-se no valor objetivo do texto, visto que “o diálogo é a condição necessária para a indagação, para a intercomunicação, para a troca de saberes [...]” (ECCO, 2004, p. 80).
9º - Adquirir livros que são fundamentais (clássicos), zelando por uma biblioteca particular, assim como, freqüentar espaços e ambientes que contenham acervo literário, por exemplo, bibliotecas;
10º - Ler assuntos vários. Não estar condicionado a ler sempre a mesma espécie de assunto;
11º - Ler muito e sempre que possível; 12º - Considerar a leitura como uma atividade de vida, não desenvolvendo resistências ao hábito de ler.

As orientações supracitadas terão efeitos promissores, se observadas efetivamente, na prática, do contrário, não passam de mero palavreado. A leitura eficiente, depende de método. No entanto, incontestavelmente, o método está na dependência de quem o aplica. Não bastam somente boas intenções. São necessárias ações congruentes aos desígnios.

É fundamental compreender que, na formação de cada cidadão bem como de um povo, a leitura é de máxima importância, representando um papel essencial, pois revela-se como uma das vias no processo de construção do conhecimento, como fonte de informação e formação cultural. Ademais, “ler é benéfico à saúde mental, pois é uma atividade Neuróbica. A atividade da leitura faz reforçar as conexões entre os neurônios. Para a mente, ainda não inventaram melhor exercício do que ler atentamente e refletir sobre o texto.” (WIKIPÉDIA, 2006, p. 01).

O ato de ler é um exercício de indagação, de reflexão crítica, de entendimento, de captação de símbolos e sinais, de mensagens, de conteúdo, de informações... É um exercício de intercâmbio, uma vez que possibilita relações intelectuais e potencializa outras. Permite-nos a formação dos nossos próprios conceitos, explicações e entendimentos sobre realidades, elementos e/ou fenômenos com os quais defrontamo-nos.